Mês: agosto 2010

Bisonho ou farsante?

O que melhor identifica o crente?

Bisonho é o inexperiente, e por isso inábil para com muitos assuntos. Farsante é aquele que promove risos, passando a imagem de simpatia; mas, que na realidade é o que não procede com seriedade, sendo fingido, hipócrita. Qual das duas identificações melhor retrata o crente de nossos dias?

Voltamos à discussão política; e, portanto, aos absurdos. A política (corretamente compreendida) deveria ser alvo diário de nossos debates e decisões. Não a discussão sobre partidos; ou, pessoas em particular; mas sim sobre a dinâmica do viver comunitário. Afinal, a política diz respeito aos relacionamentos que mantemos, seja com o vizinho, ou com o comerciante, o médico; ou com a escola, a igreja, dentre outros.

A origem do termo, e da idéia, já indicava toda essa realidade: politéia, em grego, aponta para os procedimentos relativos à sociedade, como um todo. Originalmente concentrava atenção na organização para um viver mais produtivo e justo para todos. Posteriormente, devido ao fracasso do ideal diante da sede pelo poder, sua compreensão foi transformada para um conjunto de meios que possibilita a pessoa a alcançar os efeitos desejados. Daí sua degeneração se deu para o significado da arte de conquistar, manter e exercer o poder (noção de política encontrada em Maquiavel, na obra O Príncipe).

A compreensão de nosso povo sobre política se mantém corrompida para com a idéia original; mas, legítima, considerando seus próprios anseios. Assim, discutir política em terra tupiniquim significa falar de algo que não tem valor intrínseco; lidar com pessoas sem ideologia; enfim, discutir banalidades, chegando ao cúmulo de representar o humor ignorante – aquele que por não possuir talento para contar uma piada, apela.

Pois bem, têm-se a impressão (para não ser tão enfático) de que o crente é um dos melhores representantes popular desta ignorância política. Pensa, discute, “ensina”, e propaga a política improdutiva para a sociedade; mas, produtiva para quem suga na influência do poder. Vemos isto todos os dias, através de e-mail’s humorísticos; ou de conversas sarcásticas; ou de afirmações desprovidas de conteúdo significativo tanto no conhecimento quanto no objetivo.

Toda esta realidade política de crente me deixa confuso: será ele bisonho ou farsante? Será ele inexperiente no conhecimento e na prática do viver cristão ao ponto de revelar anseios irreais, ou de fazer afirmações inadequadas? Ou, pior, será ele fingido; tendo senso da realidade, mas, vivendo a irrealidade? Será o crente um representante da base motivadora da hipocrisia dos políticos brasileiros? Afinal, os políticos como representantes do povo, refletem aquilo que é o povo. Assim, o crente como hipócrita torna-se a matriz motivadora da representação política dos vereadores, dos deputados, dos senadores, dos prefeitos, dos governadores e da presidência da República.

Crente que reclama, ou que graceja da corrupção dos políticos; mas que é corrupto na sonegação de seus impostos; ou na propina concedida; ou mesmo na infidelidade para com o Senhor nos dízimos e ofertas. Crente que acha absurdo o uso de dinheiro público para gastos pessoais; mas administra seu dinheiro desconsiderando a tarefa de ser mordomo daquilo que possui pela graça divina. Crente que se revolta com a falta de investimento em coisas essenciais para a sociedade; mas não investe em missões, e nem em outros projetos essenciais para a salvação de pessoas e a edificação dos que já foram alcançados pelo evangelho. Crente que critica a troca de partidos; mas que muda de igreja, seguindo o mesmo princípio daquilo que critica. Crente que torce o nariz para o político que é descoberto em negócios ilegais; mas adquire produtos piratas com a maior naturalidade, como se acreditasse que até o Senhor o faria se estivesse em seu lugar. Enfim, crente que rouba, que engana, que mente, que trai, que falsifica, que ignora o próximo, que essencialmente busca satisfazer seus desejos. Qual a diferença deste para com os políticos criticados?

Este crente envergonha o Senhor e seu evangelho. Como crente, deveria ser portador de uma palavra profética quanto ao juízo de Deus para com toda a injustiça e mentira. Deveria servir de exemplo, de modelo de um proceder ético imaculado. Deveria, como afirma Cristo, ser sal e luz no mundo; realçando a diferença daquele que está em Cristo Jesus, por viver em conformidade com o seu Reino. Deveria ser santo, como alguém separado para um viver irrepreensível. Mas, infelizmente, insiste em ser bisonho ou farsante; insiste em pecar. Que tipo de crente você é: Bisonho, farsante ou santo?

O abandono que gera vida

Cristo é sinônimo de vida. O incrível é a fórmula usada para se chegar até esta vida. Quando consideramos os evangelhos, nos deparamos com algo aparentemente contraditório; porém, real e fundamental para a obtenção da vida: o abandono.

Paulo escreveu aos filipenses (2.5-11) relembrando o abandono do Senhor de sua condição gloriosa para assumir a forma de servo, em humilhação, sendo obediente até a morte. O interessante no texto não é a informação acerca de Cristo, pois a temos em outros textos; mas sim, a expectativa do apóstolo para com seus leitores: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”. O termo usado por Paulo exorta seus leitores a ter a mesma disposição mental que seu Senhor. Uma disposição de altruísmo, de interesse pelos outros, de servir, mesmo que incluísse a possibilidade de perder a própria vida. A aplicação é direta: Devemos pensar, sentir, desejar e viver como Cristo, sabendo que isto implica em abandonar nossas particulares expectativas sobre a vida.

Para vir nestas condições, Cristo teve de abandonar sua condição naturalmente gloriosa. Além disso, durante toda sua vida, vemos um abandonar contínuo, e sereno, de prazeres particulares. Em todo tempo disse: “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou” (João 6.38). Não que sua vontade necessariamente fosse outra, pensando em prazeres da vida; mas, foi cuidadoso em especificar que seu alvo era o de viver a vontade do Pai.

Abandonou a própria vida, doando-a em favor de seu povo. Aliás, esta foi a promessa dada a seus pais: “Ela dará a luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mateus 1.21). E, viveu o mais trágico momento da história humana, quando, na cruz, sentiu o abandono do Pai: “Eloí, Eloí, lama sabactâni? Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?” (Marcos 15.34).

Provavelmente, esta é a raiz de sua exortação aos seus discípulos: “Se alguém quiser vir a mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará” (Lucas 9.23-24). Voltando à consideração de Paulo, isto é ter o mesmo sentimento de Cristo Jesus. Isto é viver como ele.

É impossível seguir a Jesus sem ser tirado do lugar que mais desejamos. Esta caminhada longe do nosso ninho para lugares desconhecidos é que nos converte. A conversão não é a simples aceitação de uma fórmula teológica para a eterna salvação. É muito mais, é a descoberta da dolorosa, bela e operante criatividade de Deus durante o nosso viver. Foi essa atividade conversora de Deus que tornou um hebreu fugitivo no libertador de Israel; um menino pastor num rei; pescadores em pescadores de homens; um judeu perseguidor da igreja no apóstolo dos gentios. Em toda ilustração bíblica de conversão, há uma missão atrelada. Ninguém é convertido para benefícios exclusivamente pessoais. Esta pode ser a razão porque temos de perder nossa vida a fim de achá-la. O propósito da conversão na Bíblia não é a nossa auto-realização, mas a missão de Cristo.

As pessoas pensam que sua doença ou seu divórcio ou sua mágoa significam o fim de suas vidas. Elas estão certas! A vida como elas conheciam já era. Em seu lugar elas ganharam não apenas uma nova vida, mas uma nova proposta para a vida. É claro que diante desta proposta, existe alguma aversão, mesmo nos círculos evangélicos, quando se fala em conversão. E por que isto acontece? Porque alguns, talvez, ficaram embaraçados com algumas mensagens que parecem derreter qualquer possibilidade da verdadeira graça e amor. Porque outros, possivelmente, conviveram com um povo convertido o tempo suficiente para perceber que não há nada mais realmente diferente para saber sobre eles. Porque alguns cresceram cansados de ver evangelistas que só ficam contando conversões, mas têm muito pouco para dizer sobre os que estão famintos, sem lar, doentes, nus ou na prisão. Há muito mais no evangelho do que conseguir pessoas para assinar cartões de decisão.

Mas creio, que a melhor razão para alguns se intimidarem quando falamos de conversão é que ela mudará tudo. Confrontados com o abandono, podemos voltar nosso coração para as coisas que perdemos ou voltar em direção à esperança de que Jesus Cristo é de fato nosso Salvador (Filipenses 3.7-12).

Cristo veio, não para ser eternamente aquela criança de um nascimento diferente, pobre, rejeitada pelos poderosos e amada pelos necessitados. A criança cresceu, tornou-se homem, e assumiu o ministério de nos salvar, levando-nos a assumir uma nova vida, uma nova realidade; que implica em abandonar a nós mesmos; isto é, abandonar a vida segundo nossa perspectiva particular.

Assim, Cristo é vida para quem perde a sua própria vida. Para quem insiste em mantê-la sobre domínio de seu coração, Cristo é um nome bonito e bondoso, um exemplo de que Deus, de alguma maneira não se esqueceu de nós. Mas, somente isso. Para experimentar a vida abundante do Senhor em Cristo é preciso abdicar da vida de nossos sonhos.

Está pronto?

Conselhos de mãe

Fui criado por pais que temiam ao Senhor. Logo, a probabilidade de segui-los era grande. Abaixo colo um texto escrito por minha mãe (nesta semana). Fui criado debaixo deste tipo de direcionamento. Leia e entenda como Deus formou meu coração para temê-lo. Minha mãe é incrivelmente mãe! (e das boas)

(Leia Hebreus 13)

Todo cuidado é pouco. Devemos estar preparados para a volta do Senhor Jesus Cristo.

Quantas coisas estão acontecendo, quantas barbaridades, quanta falta de amor ao próximo ou até mesmo as pessoas que estão conosco debaixo do mesmo teto. Devemos recorrer a Deus e buscá-lo a cada minuto. No salmo 139.23-24 o salmista pede que o Senhor o sonde “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos, vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.”

Deus é santo, imutável, eterno, soberano, fiel, misericordioso, majestoso, rico em sabedoria, zeloso, ordeiro, justo, onipotente, onisciente, onipresente, glorioso, criador, libertador, bondoso, maravilhoso, amoroso e temível…! Devemos ler sempre a sua Palavra, obedecer a seus mandamentos, testemunhar dEle, aceitar a Sua soberania, nos satisfazermos com o que temos. Não se esqueça, Deus é o centro, a razão de nosso viver, em tudo devemos glorificá-lo. Deus lhe deu a vida. Louve a vida que recebeu de Deus desfrutando cada instante dela com alegria e gratidão, sempre submisso à Sua vontade. Valorize esse tesouro. Confie a sua vida nas mãos daquele que tem poder para conservá-la e para pegá-la de volta (Ec.11.9-10; 12.1; Sl.139).

Mesmo quando as circunstâncias forem tristes e difíceis, experimente louvar a Deus! Você verá como Ele realiza suas promessas e nunca lhe deixa sozinho. Veja o que aconteceu com Paulo e Silas quando estiveram na prisão (At. 16.23-26). Eles confiaram em Deus e cantavam louvores a Ele. Olha o livramento que o Senhor lhes deu. Se o seu coração estiver insatisfeito e resmungão, experimente louvar a Deus! Você vai se lembrar das bênçãos diárias e do cuidado que tem recebido de Deus, o louvor vai mudar sua atitude. Veja o Salmo 67.

Passe o dia de hoje louvando a Deus com sua vida. Seja alegre com todos, cumprimente os irmãos entusiasmadamente, mantenha a calma em qualquer situação e não seja “do contra”. Ah! Não se esqueça de estar louvando a Deus com a sua mente o tempo todo. Vai ser muito bom mesmo! Mude seu estilo de vida. Louve a Deus sem cessar.

Conselhos desta que te ama,

sua mãe Walma.

O que ficará?

“Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos” (1 Coríntios 13.9).

Não estamos no mesmo contexto de Paulo quando escreveu aos coríntios, ordenando a teologia de uma igreja ativa, porém ambiciosamente orgulhosa. Mas, ainda assim há semelhança suficiente para aplicarmos esta frase em nossa vida.

Líder destacado; agora instruído. Bacharel. Mestre. PhD. Em meio a tanta formação e informação, cerimônias, debates, aulas, pregações, e afins; o que realmente diferencia o comum do incomum?

Entre alguém que pensa muito saber e alguém que sabe pouco conhecer, qual a diferença, já que para ambos, conscientemente ou não, há limite certo no conhecimento e na aplicação deste? Por melhor observador, e por maior agregador que sejamos, em parte conhecemos e em parte ensinamos, pregamos, discipulamos.

“O amor nunca falha” (1 Coríntios 13.8a).

A diferença é o amor. Amor de Deus compartilhado com o homem, que quando enraizado, o torna humilde e agregador. Através deste enxergamos que nossa participação nas “conquistas” está mais em sermos conquistados do que em conquistarmos o conhecimento; sendo esta uma boa aplicação de que o “temor do Senhor é o princípio da sabedoria”. Somos tomados, conquistados pelo Senhor, para então entendermos a sabedoria; que é sempre visível através dos relacionamentos: “A sabedoria que vem do alto é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia” (Tiago 3.17).

Após tanto esforço, ou mesmo completa ausência de esforço, o que ficou?

Tantas conversas e debates, o que ficou de bom conselho? Tantas pessoas, tantas risadas, o que ficou de verdadeira e doce amizade? Tantas mensagens ouvidas, ou pregadas, o que ficou de vida? Tantas horas de estudo e de pesquisa, o que ficou de aplicação? Tanto investimento, o que ficou de bom para a família? A família ficou?

“Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor” (João 15.10a).

O amor fica! O amor é o resultado dos mandamentos do Senhor. Por isso Paulo escreveu que o amor nunca falha. Qualquer coisa passa, mas o amor fica.

Depois que você, assim como eu, passar, o que ficará? De tudo o que conquistou ou foi conquistado, de tudo o que fez ou deixou de fazer, o que ficará que valerá a pena? Oxalá seja o amor!

Homens de autoridade

Forma de superioridade constituída por uma investidura. Seja por alguém, ou pela competência em determinada área, ou assunto. Diante disto, exerce o direito de fazer obedecer, o domínio, a influência, o prestígio. Um tanto diferente com o ser autoritário: Que tem o caráter de dominação, impositivo, violento, arrogante. Que não tem a competência devida, mas quer impor autoridade.

Considerando a autoridade do homem no lar, lidamos com algumas indagações incomodantes, como: O que Deus, e nossa família, espera de nós? Já temos, da parte de Deus, a autoridade investida. O que nos falta? A nossa parte. A competência. Exatamente aquilo que mais é cobrado, e que mais nos falta.

Deus revela nas Escrituras que uma das piores coisas é uma mulher rixosa (Pv. 21.19). E todos nós concordamos com isto, mas o problema é quando nós (homens) cooperamos para que ela seja rixosa, ou para que não tenhamos argumentos convincentes para que ela deixe de reclamar, ou criticar. E isto se dá, quando:

Quando não assumimos a responsabilidade do manter a casa ajeitada.

Quando não encarnamos o papel de pai na educação de nossos filhos.

Quando damos terrível exemplo em nossas escolhas e gostos.

Quando somos infiéis ao Senhor.

Quando não satisfazemos nossa mulher sexualmente.

Quando não cuidamos do que falamos ou fazemos.

Quando não administramos o tempo, priorizando o que vale a pena.

Conta-se que certo líder da igreja tinha um filho muito rebelde. Preocupado com a situação, convidou o pastor para almoçar em sua casa e ajudá-lo com alguns conselhos. À mesa, o garoto ficou em volta do pastor, examinando-o curiosamente a procura de algo. Espantado com o gesto estranho da criança, o pastor lhe perguntou amavelmente o que desejava. “Eu estou procurando sua outra cara… o papai sempre chega da igreja reclamando e dizendo que o pastor tem duas caras”. Não podemos esperar que os nossos filhos aprendam a obedecer sem o nosso exemplo.

Tenho me preocupado cada vez mais com esta geração de crianças, adolescentes e jovens. Mas tenho observado claramente que o mal crescente nesta geração encontra-se dentro de casa. E este mal tem nome: “homens”.

A pergunta é: Onde estão os homens? Desde que as mulheres iniciaram sua luta pela liberdade feminina, que os homens se amedrontaram, e estão definhando. Onde estão os homens de iniciativa? Aqueles que sabem o que quer, e vão à luta? Onde estão os exemplos de maturidade, de serenidade, de firmeza? Onde estão aqueles que protegem suas famílias? A melhor proteção para a geração mais jovem é um bom exemplo da geração mais velha.

Conta-se que Abraão Lincoln, quando presidente dos Estados Unidos, certa vez recusou-se a receber uma pessoa. Sua secretária lhe indagou. Lincoln respondeu: “Não vou com a cara dele”. “Mas, presidente, que culpa o homem tem de ter a cara que tem?”, perguntou a secretária. A resposta de Lincoln foi singular: “Depois dos quarenta anos, um homem é responsável pela cara que tem”. Estava certo. Somos responsáveis pela cara que temos, pela cara de nossa família, pela cara de nossa esposa, pela cara de nossos filhos.

O que será da igreja daqui a alguns anos? Olho para nossas crianças, adolescentes e jovens, e fico na dúvida, olho para as mulheres e as vejo meio que perdidas, correndo, lutando, olho para os homens e o que vejo? O que você vê? Em boa parte das igrejas um grupo que, como grupo, nem sempre tem autoridade, porque nem sempre vive como grupo. No meio deste, como que perdidos, um grupo que luta com autoridade para influenciar a todos. Mas vejo outro grupo de homens sem autoridade, sem expressão, acomodados, que deveriam assumir uma mudança radical em sua vida para que a futura geração seja uma geração abençoada.

Homens de autoridade. Ah! Quanta falta fazem….