Mês: junho 2010

FÉRIAS

Estarei em férias até o dia 15/07. Mas, apesar da imagem ao lado, fazendo mênção a cidade maravilhosa, não sairei de Sampa (sem condições, rsrs).

Tirarei férias também deste blog até o dia 15/07.

Se o Senhor desejar, no dia 16/07 voltarei.

Ore por mim!

Por que orar?

“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Filipenses 4.6-7).

Por que orar? Qual o sentido da oração, se esta é direcionada a um Deus que tudo sabe, plenamente? As Escrituras revelam que o Senhor, como Onipotente, Onipresente e Onisciente, conhece perfeitamente todas as coisas; inclusive a palavra que ainda não chegou à nossa língua; trazendo a implicação de seu conhecimento não somente das palavras a serem pronunciadas, mas também da motivação do indivíduo – “Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, Senhor, já a conheces toda” (Salmo 139.4).

Este soberano Deus não necessita do som de nossa fala para ouvir. Ele não carece das palavras para ter o entendimento. Ele não precisa do discurso para analisar. Ele tudo sabe, mesmo quando não há palavra alguma; pois, conhece e sonda o interior que dá vida ao exterior – “Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos. Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos” (Salmo 139.1-3). Como afirma através do profeta Jeremias, Ele esquadrinha o coração, e prova os pensamentos; para dar a cada um segundo o seu proceder (17.10).

É para este Deus que as exortações bíblicas, como a de Paulo aos filipenses, impele a dirigir as orações. Mas, qual a utilidade abrir o coração e esparramar as alegrias e as angústias se Ele já as conhece? E, pelo visto, melhor do que o próprio que lhe dirige as orações; afinal, ele conhece os segredos da alma; provavelmente, alguns que nem a própria pessoa organiza coerentemente. Então, por que orar?

Segundo a revelação do próprio Senhor, as orações não têm valor algum objetivo para Ele; mas sim para quem ora. As orações possuem um valor pedagógico para o indivíduo que se volta para Deus. Entendamos este valor: (1) Ao orar a pessoa assume a existência de um Deus pessoal que está atento para sua realidade. A constância desta ação, inculca na mente Sua presença, levando a pessoa a sentir-se acompanhada.

(2) Além disso, ao orar a pessoa assume sua dependência do Criador. Na atitude de falar-lhe é como se dissesse: “Eu sei que o Senhor existe; e que posso contar contigo. Aliás, eu preciso do Senhor; de sua orientação, proteção, conforto. Sozinho, estou falido”. A prática da oração impulsiona a pessoa à disciplina da dependência; o que redundará em conhecimento, obediência, e bênçãos.

(3) Em tudo isso, a oração possui uma função terapêutica; pois, leva a pessoa a abrir-se; a colocar para fora aquilo que incomoda, que amedronta; e que, se guardado, poderia facilmente redundar em distúrbios emocionais, ou mesmo depressão. Toda esta possibilidade indesejável tende a conduzir à pessoa a escravidão da insegurança; além de torná-la dependente de produtos químicos, estando fadada ao fracasso.

Ao derramar-se diante do Deus pessoal; criador e sustentador do universo, inclusive de sua própria vida, a pessoa liberta-se da ansiedade de seu próprio controle. Por isso, Paulo afirma: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças”. Assim, ao invés de desesperar-se, o que ora confia, sabendo que o que poderia incomodar está nas mãos do Poderoso. Diante disto, não há outro resultado se não que “a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus”.

A oração faz sentido porque Deus a instituiu como meio de comunicação de nossa consciência com Ele. A oração é importantíssima porque a partir dela o Espírito do Senhor trabalha em nosso ser, guiando e confortando-nos para uma vida melhor.

Vale à pena orar!

Diante da cruz

Ao me deparar com tua cruz
Olhando meu viver confrontado
Sentindo todo o peso do pecado
Baixei o olhar

Era grande o fardo há muito carregado
Era dura a realidade do mal
Mui amargo o gosto infernal
Curvei os ombros

Ao me deparar com tua cruz
Vi Jesus, teu amor derramado
Deus em carne, simplesmente humilhado
As pernas tremeram

Era enorme o peso da dor e do amor
Infinita a graça trazida ao pecador
Sem medida o perdão oferecido
Dobrei os joelhos

Ao me deparar com tua cruz
Tuas mãos meus olhos abriram
Vi os temores meus todos se esvaindo
Minha vida caiu

E daqueles pedaços
Diante da cruz
Meu Salvador que muito amou
Juntou-me

E daqueles cacos
Pedaços de barro ruim
Meu Oleiro com arte e amor
Moldou-me

E vaso novo ele fez
Pintado com sangue eficaz
De uma vida pobre e falaz
Transformou-me

Ao me deparar com tua cruz
Vi meu rosto contigo crucificado
Já não havia o peso do pecado
Salvou-me

Ao me deparar com tua cruz
Tua vida em mim Jesus
Baixei o olhar, curvei os ombros
As pernas tremeram
Dobrei os joelhos
Minha vida caiu
Juntou-me
Moldou-me
Transformou-me
Salvou-me
Na cruz, meu Jesus
Amou-me!

Agda Yumy
(Linda poesia de minha talentosa esposa)

A Perfeição em nós

O que é ser um bom crente? Você se acha um bom crente? Por que você é um bom crente?

Deus apresenta em sua palavra algumas características daqueles que podem ser chamados de bons crentes: Fácil relacionamento com todos. Desejo de servir a Deus, servindo às pessoas. Disposição de cooperar. Tendência a justiça. Não ser dominado por vícios, o que implica em ter domínio próprio. Gostar de compartilhar do evangelho. Ter prazer em adorar, em louvar. Tudo isso é bem empregado quando olhamos para a vida de um bom crente. No entanto, apesar destas características; podemos somente ser considerados bons crentes porque temos como Senhor alguém que é verdadeiramente bom.

Paulo, escrevendo aos gálatas, mostra com clareza o porquê trocara de posição, deixando a lei (deixando de ser perseguidor) para abraçar o evangelho (tornando-se alvo predileto da perseguição). Paulo mostra que seu desejo sempre fora o de ser um homem perfeito, por isso adotara a lei como referencial. No entanto, percebera outro caminho, e assim abraçou esta nova e definitiva etapa em sua vida.

Então, somos bons crentes por causa de Cristo.

(Leia, agora, Gálatas 2.11-21)

1. Somos bons crentes quando temos afinidade com aquele que realmente é bom (Marcos 10.17-18). Somos bons crentes, quando ligados a Ele, por meio de Sua obra (11-16). A repreensão de Paulo refere-se ao todo da implicação da vida em Cristo: Entendimento pela fé e vivência pela graça.

2. O ato de sermos considerados bons independe do fato de pecarmos, de sermos limitados (17-18). Sendo justificado pela fé, torna-se evidente de que todos os homens, incluindo os judeus, são pecadores. O que Cristo fez foi levá-los a reconhecer que já eram pecadores, antes mesmo de pedirem socorro à sua ajuda (17).

A palavra “constituo” traz a idéia de amarrar, estabelecer, unir. Se, Paulo começasse a pregar novamente o caminho legal que procurava destruir, se constituiria em um real transgressor; e essa transgressão seria feita contra Cristo e seu evangelho (18). Paulo utiliza a metáfora da construção: Ele já derrubara por terra a estrutura antiga e já construíra ali um edifício novo e superior. Seria para ele uma transgressão tornar a derrubar o novo e reedificar o antigo (todo o conteúdo da carta).

3. Por isso nossa vontade humana (pecaminosa) deve perder espaço para a vontade de Deus, que é perfeita (19-20). O pecado tornou-se conhecido por meio da lei. A lei levou Paulo a enxergar a Cristo, afinal esta era a sua finalidade (3.19-24). A morte para a lei significa deixar de obedecê-la como meio que nos assegura a salvação.

O homem ganha real identidade ao passo em que se identifica com Cristo. Quanto mais parecido com Ele, mais “homem” torna-se (20).

Voltando à pergunta inicial: Você se acha bom crente?

Se nossa qualidade está intimamente ligada à pessoa de Cristo, tomando forma em nossa vida, temos que particularmente responder à pergunta: O quanto de Cristo nós temos?

Às vezes brigamos por nossas vontades. Não poucas vezes ouvimos expressões como: eu acho, eu quero, eu sou assim, eu, eu, eu. Não sou eu. Não é você, mas sim Cristo em mim; Cristo em você; Cristo em nós.

Pregação na pós-modernidade

Há insistente crítica ao método de ensino expositivo. Por exemplo, Paulo Freire afirmou: “O método expositivo não deve nem pode ser o método privilegiado de processos de aprendizagem. Baseia-se numa pedagogia autoritária e numa concepção bancária do saber”. Nesta concepção de aprender o educando é sempre o educado; o educador, porque sabe mais sobre um assunto é quem disciplina, escolhe os conteúdos e quem fala. Esta é a principal crítica.

Em um contexto humanista esta crítica faz sentido, se considerarmos que o alvo é o saber limitado e mutável do homem. No entanto, em um contexto cristão, referente às Escrituras, esta crítica torna-se o principal argumento de defesa do método; se, partirmos do entendimento de que o educador é Deus, que conhece ilimitadamente; e que possui todas as condições de disciplinar, escolher conteúdos e falar. Na pregação expositiva o objetivo é o de deixar o texto falar. E o texto é a revelação de Deus.

O Senhor disse ao profeta Oséias: “Tenho uma contenda com os habitantes da terra, porque nela não há verdade, nem amor, nem o conhecimento de Deus […] O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. […] Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor […] pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos” (4.1, 6; 6.3, 6).

Esta é uma parte do final do workshop sobre “Pregação na pós-modernidade”. Se você deseja todo o estudo, clique no link abaixo e faça o download da apostila.

Pregação na pós-modernidade

Conferências da EBR

Na próxima semana, 07 a 11 de junho, participarei da 1ª Conferência da Editora Batista Regular.

Espero ser abençoado com a comunhão, e edificado pelo Senhor, por meio de Sua Palavra.

Musicalizando a música

Canto gregoriano – Quanto tempo! Expressões musicais insistentes; refrões “eternos” retratando a visão de Deus na época. Um Deus poderosamente místico; e bem, bem distante. Música que tinha o propósito de formar ambiente. Pelo menos ao ouvirem tal cântico, ninguém duvidava de que se tratava de música religiosa; “música de Deus”, mesmo que ao gosto humano.

Os tempos mudaram, a visão sobre Deus também, e consequentemente a música. Entre a ARS Nova (uma escola de movimento da música) e o Romantismo, surgiu o Renascimento – música entendível; música com o propósito de revelar, de esclarecer, de ensinar a mensagem, enfim, de expressar conteúdo. Movimento musical que banhou a época da Reforma Protestante (Lutero, Calvino, …). Nessa época, música “boa” era a bem estruturada, sem erros; era a música que exaltava a Deus. Música “ruim” era o restante.

Mais mudanças na visão sobre Deus e sobre o homem, mais mudanças na música. Temos, então, o Romantismo com sua liberdade de expressão, com o propósito de mostrar os sentimentos do compositor. A música já não era quadrada em seu ritmo, era o princípio para novas experiências, novas tentativas.

Enfim, o marcante modernismo com sua liberdade de composição. Tudo complexo, estranho, atonal (sem tonalidades). O propósito? Liberdade! Romper horizontes, barreiras, afinal a visão do homem sobre Deus e sobre si mesmo estava tão sem cor, sem nitidez, quanto a música em sua estrutura, em sua compreensão, ou a falta desta.

Como observamos, a música historicamente sempre acompanhou a tendência da época, ajudando na proliferação teológica, ou filosófica prevalecente. O que temos hoje? Qual a visão sobre Deus e sobre o homem nos dias atuais? Consequentemente, que movimento musical é determinante?

Vivemos num tempo de “solos”, de “intérpretes”. A importância não está em Deus, ou em sua igreja, mas em quem o traduz, em quem o apresenta. É o pastor, é o cantor, é o grupo musical, … Há uma mescla que acompanha o momento teológico e filosófico desta época; uma sopa onde cabe todo o gosto, todos os ritmos, todos os movimentos. Aparentemente isto é interessante, pois não determina, não define as opções, não limita; ao contrário, abre-se para todos. Porém, na realidade isto revela a confusa visão sobre Deus, realçando a fraca e conflitante visão do homem em nossos dias. A tentativa é a de se fazer acreditar que não há absolutos, não há princípios universais para se definir o que é bom e o que é ruim. Aos olhos humanos, isto é verdade. Mas, se considerarmos o Senhor, não! Pois é o Seu gosto que deve prevalecer, aquilo que lhe agrada, aquilo que o exalta (pelo menos quando consideramos o louvor).

Vivemos em uma época  em que somos obrigados a fazer o absurdo: musicalizar a música. Ensinar aos músicos (ou aos candidatos) as leis universais da musicalização (mesmo considerando as diversas escolas de música existentes); destacando o que é ruim, pobre de conteúdo, falido em criatividade. Musicalizar a música, tornando-a amiga do Senhor, agradável aos seus ouvidos, cúmplice de sua revelação, ensinando, exortando, dirigindo-nos ao Criador da música (Jó 38.4-7).

A pergunta correta não é: Que música nos agrada? Mas sim, que música agrada ao Criador da música? Que música o satisfaz, o exalta? Que música nos faz pensar nele, viver com ele e para ele?

Sejamos ricos (plenos) como adorador do Senhor!

Deus vê o coração

Balança a cabeça e concorda

Mas, seus dons não usa pra Cristo dar glória.

Sua Bíblia há muito esquecida

Num canto da sala empoeirada fica.

Sentado em seu banco esquenta

O banco… não o coração do irmão e amigo

Não o seu próprio, nem morno nem frio.

Falar em oferta lhe dá arrepio

CRENTE, contente, competente, eficiente

Que ora, trabalha e frutifica?

TOLO! Pensa enganar o Poderoso

Aquele que tudo criou, e a todos

A Deus agrada o contrito

O que, por Ele, socorre o aflito

Não se apega aos bens desta terra

Planta a paz, nunca a guerra

Deus vê o coração sofredor

Sabe se é verdadeiro o adorador

Sabe também se ao cantar e falar

Se, é sincero seu batalhar

Hoje, olha Senhor pra nós

Sonda-nos nas intenções

E faze teu povo, teu corpo brilhar

E mais e mais perto de Tua graça ficar.

Agda Yumy Amaral