Mês: fevereiro 2012

Namoro ou amizade?

Lembro-me de um programa de televisão conhecido por esse título: Namoro ou amizade? O casal, depois de uma série de atividades, deveria decidir se namorariam ou se assumiriam um relacionamento de amizade.

Isso sempre me deixou inculcado – qual o melhor relacionamento, o namoro ou a amizade? Quando a pessoa se torna mais feliz, disposta e compreensiva, quando namora ou quando mantém uma amizade? Quando se mostra mais ciumenta, invejosa, irracional, arrogante e irada, quando namora ou cultiva uma amizade?

Talvez, essas considerações sejam o suficiente para concluir que muitos estragam um bom relacionamento, que poderia ser ótimo, ao assumir um namoro. O namoro, para a maioria, torna-se um marco entre um possível relacionamento sadio, maduro e forte, e uma frustração total, quando se percebe a incompatibilidade que inviabiliza um projeto de parceria entre os namorados. Não foram poucos os que ao caminharem para uma interessante amizade viram sua destruição pelo namoro assumido e, posteriormente, terminado. Nesses casos, às vezes, até se mantém certo relacionamento; mas não mais conforme o que existia antes do namoro.

Isso acontece por uma única e simples razão – tratam o namoro como sendo qualquer coisa, menos uma verdadeira amizade. O que se vê, inclusive por parte de jovens cristãos, é uma tentativa de fazer do namoro um casamento; ou uma avassaladora paixão; ou um caso, onde o que predomina é a relação sexual; ou um simples exercício de conquista, onde o caçador ao conquistar sua presa a apresenta como troféu para os invejosos. A consequência para qualquer desses tratamentos é o fracasso; tanto pela ausência de preparo como por não lidar com aquilo que realmente seria importante na construção de um duradouro e maravilhoso relacionamento.

O que assume o namoro como um casamento coloca a carroça na frente dos bois; pois, o namoro seria o período de preparo para o casamento. Por isso, o ciúme exagerado, a irritação pela falta de entendimento, a impaciência na realização de certas tarefas.

O que assume o namoro como uma paixão, ou um caso, age como se fosse explodir a qualquer momento. Como se tudo pudesse passar logo; e, por isso, busca aproveitar o máximo possível. Daí, a entrega às intimidades (sem o preparo para tanto).

O que assume como um exercício de conquista simplesmente desfila e usa, enquanto não enjoa. Após certo período se cansa, e parte para outra conquista. Mas, enquanto apresenta sua conquista, se mostra possessivo, ciumento e intolerante; afinal, é o dono do troféu.

Ao contrário de tudo isso, o namoro deve ser encarado como um período de verdadeira amizade, em que o casal (homem e mulher) trabalha com seriedade para construir um relacionamento onde o amor dominará as ações, tornando o elo duradouro, resistente às pressões externas e internas. Um relacionamento que amadureça diante do referencial perfeito – o amor de Deus; tendo conteúdo e exemplo a seguir (Efésios 5.22-33).

Assim, a pergunta não é se será namoro ou amizade; mas sim se será amizade entre irmãos em Cristo ou amizade para construção de uma família, algo que vai além do amor entre irmãos.

Namoro não é sexo; conquista; casamento; paixão; etc. Namoro é amizade. Amizade no Senhor.

Felicidade

Felicidade não se busca se constrói.

Esta é uma das verdades menos compreendidas pelo ser humano. Há uma insistente febre em busca da felicidade. Conversas, cartas, e-mails, músicas e tantas outras declarações afirmam a alucinada busca pela felicidade – todos vivem, trabalham, comem, bebem, se relacionam; muitos, inclusive, ministram ao Senhor com o único objetivo de ser feliz. É conhecida a expressão: “O importante é ser feliz”.

Diante desta corrida desenfreada em busca da felicidade, o que vemos, na maioria dos casos, é a frustração. A decepção de muitos que não alcançam a tão sonhada felicidade; e que de frustração em frustração desanimam, transformando a disposição em apatia, o sorriso em choro, a fé em descrédito, a vida em morte. Esses entram naquele período em que vivem por viver, sem objetividade. São transformados em mensageiros da desconfiança, do negativismo, da descrença em geral, incluindo na ação de Deus para com o homem, em especial para com seu povo.

Felicidade não se busca se constrói.

A felicidade não existe por si mesma, como alvo único a ser alcançado diretamente. Ela é consequência do que se faz, de como se vive. Em Provérbios 3.13 o autor afirma: “feliz é o homem que acha a sabedoria e o homem que adquire o conhecimento”. Os alvos a serem alcançados são a sabedoria e o conhecimento. A felicidade chega como consequência.

Em Provérbios 8.32, considerando o Senhor, o autor nos diz: “felizes serão os que guardarem os meus caminhos”. O objetivo é guardar os caminhos do Senhor. O presente para quem o faz é a felicidade.

Em Provérbios 28.14 temos a afirmação: “feliz é o homem constante no temor de Deus; mas o que endurece o coração cairá no mal”. O alvo é a constância no temor do Senhor. Para quem assim vive o resultado será a felicidade; porém, para quem trilha caminho diferente, o resultado será o mal, a tristeza, sentimento oposto ao da felicidade.

Tiago, em sua epístola, descreve objetivamente o cronograma da felicidade, quando nos versos 7-11 exorta seus leitores a serem pacientes; a não viverem queixosos uns com os outros; a fortalecerem-se no Senhor, seguindo Sua vontade; pois assim perseverando receberiam como presente a felicidade. Tiago apresenta Jó como modelo. E, se nos lembrarmos da vida de Jó, perceberemos que o seu alvo foi a fidelidade ao Senhor. Em momento algum se voltou contra o Senhor. Em meio à angústia ele não buscou a felicidade; mas, sim o manter-se firme, à disposição de Deus. O resultado para sua firmeza fora a felicidade em dose dupla.

Assim, não busque a felicidade como alvo independente a ser atingido; pois, a felicidade não se busca se constrói, através de perseverar no temor do Senhor.

 

Machucado

Me machucou!

Quando alguém se expressa assim? Quando algo, ou alguém, o atinge, deixando alguma sequela, normalmente sentida pela dor. Machucar-se implica em sentir dor. Devemos atentar para este detalhe; pois, percebemos que em algumas oportunidades nos expressamos, ignorando esse fato. Só posso perceber que estou machucado, através da dor.

As crianças têm essa queda para a representação. Algumas, em especial, o fazem com impressionante perfeição:

Ai! Ai! Estou machucado! (junto a um choro de cortar o coração).

O pai, por sua vez, diz:

Rápido, vamos ao hospital.

A criança, então, responde, numa mudança brusca de atitude:

Não! Estou bem; já passou.

Assim como as crianças são alguns adultos, marcados pela malícia que o tempo imprime. Gostam de gritar, de chorar, de demonstrar que foram atingidos por algo, ou alguém; revelando sofrimento profundo que, talvez (pensam), nem o tempo curará. Mas, num estalar de dedos, também como num passe de mágica, se esquecem da ferida. Como? Por quê?

Alguns, quando percebem uma oportunidade de alcançar o desejo de seu coração. Alimentar aquilo que o Senhor chama de concupiscência dos olhos. Quando surge a oportunidade, esquecem-se imediatamente do falso machucado.

Outros mudam, quando confrontados pela Palavra, que exige uma resposta diferente; chamando-os ao amor, à misericórdia, à bondade, à mansidão, ao domínio próprio.

Mas, a Palavra de Deus, e a experiência no pastorado me mostram que muitos se esquecem do machucado, porque realmente não sentem dor alguma. Pelo menos, não a que fora identificada como razão da lamúria. Não percebem que o que incomoda sua mente, e assim todo o corpo, é o pecado sendo extravasado por intermédio da inveja, ou do egoísmo, enfim, do orgulho.

Para estes, o que realmente machuca é a triste realidade de perceber que estão distantes do perfil daqueles que o Senhor ama e chama de santos. Deveriam aproveitar a verdadeira dor para mudar de vida.

Coração velho

Não me lembro de quem, mas ouvi alguém dizer: “coração não envelhece!”. Confesso que a afirmação grudou em minha mente, em parte porque gostei da ideia; achei interessante a maneira de ver o coração; e, em parte porque é uma forma de amenizarmos nossa velhice; isto é, estamos envelhecendo (meu corpo e memória que o digam), mas há algo em nós que continua jovem!

Gostei tanto da ideia que em uma conversa informal soltei a pérola que ouvira: “meu coração não envelhece, ele é jovem!”. Falei, e saí como vitorioso, crendo naquela afirmação; e até me achando mais jovem, mais do que realmente sou.

Mas, o Senhor me permitiu pensar, refletir. O Senhor…, só ele mesmo com sua graça e paciência para nos aturar, e cuidar. Pois bem, refleti e conclui à luz da revelação de Deus que essa afirmação se restringe a duas coisas: Primeiro, à vontade de ser jovem. Segundo, ao pecado que habita no homem; tentando-o a crer que seu coração não é atingido pela influência do pecado.

Inúmeras vezes o Senhor nos revela a influência e a consequência do pecado em nós, atingindo diretamente o coração. Veja alguns exemplos: “Confesso a minha iniquidade; suporto tristeza por causa do meu pecado” (Salmo 38.18). “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro em mim um espírito inabalável” (Salmo 51.10). “Ferido como a erva, secou-se o meu coração; até me esqueço de comer o meu pão” (Salmo 102.4). “Quem pode dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou do meu pecado?” (Provérbios 20.9). “Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo” (Ezequiel 36.26a).

Como pode um coração ser jovem sem Deus? Como pode um coração não envelhecer diante das investidas do pecado – da cobiça, da inveja, do orgulho, da malícia, da desonestidade, da indiferença?

Como pode um coração vibrar como o de uma criança depois que experimentou as quedas, as decepções, as tristezas e amarguras que recheiam nossa história de cicatrizes; algumas superficiais, outras profundas; mas todas poderosas para esfriar, endurecer e envelhecer o coração?

Estou envelhecendo, e também meu coração! Acho até que nosso coração é a parte mais velha do corpo; pois é a que mais trabalha, como também a que mais sente e sofre. Mas, em contrapartida, regozijo-me ao perceber que temos um Deus disposto e pronto a cuidar de nosso coração. Um Deus que, como jardineiro, rega a nossa alma, apara os galhos, tira as folhas secas, aduba a terra, renovando nosso espírito. Compreendo e compactuo com os filho de Coré quando afirmam no Salmo 42: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e meu Deus”.

Sem Deus o coração envelhece, endurece e morre. Com Deus o coração envelhece, mas é renovado a cada dia. Não pela ausência da natureza pecaminosa; mas, sim, por graça. E, então, entendemos a resposta do Senhor para Paulo: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12.9b).

Minha oração é que seu coração seja DELE. Caso contrário…

A morte é o ponto de partida

O que seria a vida sem o seu final? O que aconteceria; se, de repente, os homens parassem de morrer? O que significa não morrer?

[Em seu livro Intermitências da morte, Companhia das Letras, José Saramago, autor português, falecido no ano passado, questiona estruturas da religião e da filosofia a partir do significado que ambas atribuem ao fim da vida; e, afirma que a morte é o ponto de partida.]

No dia seguinte ninguém morreu. De repente não se morre mais. Aquilo que a princípio seria motivo de grande felicidade, provocaria as maiores tribulações e desarranjos; a ponto de muitos desejarem o retorno da morte ao ciclo da vida, pois com a ausência da morte a vida se torna funesta. Com o fim da morte, toda a vida precisa ser repensada, pois, a visão de mundo, além de aspectos socioeconômicos, está baseada na morte hospitais, seguradoras, funerárias, aposentadoria, renovação, etc.

No aspecto religioso, quais seriam as propostas (novas propostas) das religiões, das filosofias? Como encarar a vida, o erro, a justiça, a eternidade, sem a morte? Quantos apelos ao juízo divino ou místico sobreviveriam à nova realidade de se viver eternamente aqui, sem uma continuação após a morte com purgatórios, céus, infernos, lagos de fogo, paraísos, belas e muitas virgens, reencarnações? Será que encontraríamos uma resposta, um caminho já existente que privilegiasse a vida ao invés da morte? Que estabelecesse toda sua estrutura moral, espiritual e social sobre uma proposta de se viver, independentemente da morte, e de se viver abundantemente?

Na conclusão de Saramago, tanto a religião quanto a filosofia perderiam sua razão de existir; pois, acredita que ambas existem para que as pessoas levem toda a vida com o medo pendurado ao pescoço e, chegada sua hora, acolham a morte como uma libertação.

No entanto, na conclusão de Cristo, a morte não atrapalha a vida, pois ele veio trazer vida abundante (João 10.10). Sua proposta diz respeito à vida, e não somente a que está por vir, mas a começar por esta que experimentamos. A morte em si não é o ápice de sua mensagem, nem no que diz respeito a ele nem no que diz respeito a toda humanidade; pois, a vitória sobre a morte é o tema bombástico de seu ministério, e no que diz respeito a nós a vida é a razão de seu sacrifício.

A morte já não mais atrapalha, pois foi vencida. Gosto da forma como John Owen enxergou este dilema: A morte da morte na morte de Cristo. A morte morreu na morte daquele que é vida! Tanta vida que nem a morte conseguiu detê-lo. A morte, ao contrário, é fundamental para a vida. Não no sentido abstrato e absoluto da vida pós-morte, mas sim no sentido desta fase em que vivemos, pois para ter-se vida abundante é preciso fazer morrer a natureza morta que nos acompanha desde o berço. Cristo disse a Nicodemos: “Importa nascer novamente”. Claro! Afinal, se seguirmos o destino sinistro da humanidade caminhamos da vida para a morte (no sentido físico); mas, se seguirmos o destino divino para a humanidade caminhamos da morte (do eu) para a vida (de Deus). Morte para o que é comum e vida como um presente de Deus para um novo, curioso e desafiante presente e futuro: “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados […] nos deu vida juntamente com Cristo, pela graça sois salvos” (Efésios 2.1, 5).

A morte, então, é o ponto de partida de uma verdadeira e abundante vida que não necessita da imortalidade para ser real. Quando nascemos fisicamente começamos a morrer. Mas quando morremos espiritualmente renascemos para um viver pleno antes e após a morte física.

Limites de um servo

Há duas contrastantes realidades que fazem parte da vida da maioria dos que servem ao Senhor. De um lado, canseira; enfado; dúvidas; impossibilidade física; incapacidade técnica, moral, e espiritual. Quem, em algum momento, já não pensou em desistir? Aquela impressão terrível de que por mais que se faça nada parece resolver. O mal não retrocede; os problemas não param de chegar; as pessoas não mudam; e a sensação de incapacidade aumenta. Já percebeu que de vez em quando surge um artigo, ou carta, de um líder espiritual, revelando toda sua insatisfação e desânimo? O drama é o de lidar com a afirmação de Cristo: Quem tem posto a mão no arado, não pode mais olhar para trás.

É incrível o contraste desta realidade para com a do início da vida cristã, ou mesmo com a do ministério. Por exemplo, quando o novato pastor assume (na maior parte das vezes, completamente sozinho) tem a sensação de que tudo se resolverá (da maneira como gostaria). Tudo bem que o sorriso juvenil se dá mais pela conquista da formação do que pelo entendimento do “alegre” ministério que terá; mas, embeleza o rosto, e até anima aos demais. A convicção é a de que nada o fará retroceder; afinal, tudo pode naquele que o fortalece!

Tais realidades revelam o limite de todo servo. Limite alicerçado em sua própria natureza. A aconselhável postura é a de viver equilibradamente, olhando para o Senhor; para não ser atingido pelo orgulho, ou pelo desânimo. A reflexão a ser feita é a seguinte: Por que cantamos, oramos e lemos a Bíblia? Por que nos reunimos semanalmente em comunidade? Por que dedicamos tempo e esforço em projetos, juntos? Por que somos fiéis nas contribuições financeiras? Por quê? Para quê? Já pensou nisso? Já refletiu na possibilidade de participar de todo esse processo chamado igreja, pela simples razão de ter nascido dentro dele? Ou, pela razão de ter sido convencido por amizade, ou necessidade, ou até mesmo pela falta de outros objetivos?

A equilibrante convicção a se ter é a de que o que fazemos é por Ele (Deus). Tanto pela ideia de ser o responsável direto por isso quanto pela ideia de agirmos em seu nome, pensando nEle. O que fazemos é para Ele. Objetivamos servi-lo. O fim se encontra nEle. Esta deve ser a razão absoluta de nosso proceder. Simplesmente adorá-lo, independentemente dos resultados. Esta deve ser a única motivação em nosso ser: Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as cousas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém. Romanos 11.36.

Crescemos e envelhecemos tornando tudo impessoal no que diz respeito a Deus: No discurso para os filhos Deus é substituído por comunidade eclesiástica, o que é carregado por toda a vida. Nas conversas joviais Deus é também substituído por agitação, rapazes e moças atraentes, entretenimento, esporte e lazer. Para os que se sentem chamados, Deus é substituído por vocação, talento e dons. De maneira geral Deus é substituído pela vontade própria do homem, pelo gosto musical, pelo padrão da igreja, pela solenidade ou irreverência, pela concordância ou discordância de pontos administrativos, ou teológicos.

Não é o tempo, nem as coisas, nem tampouco a comunidade (com seus variados tipos) que faz o crente, que transforma vidas, que gera maturidade e abnegação; mas sim Deus. Não é a alegria e a espontaneidade, nem a fisionomia fechada e a introspecção que transforma alguém a imagem de Deus; mas sim a ação particular, íntima e discreta de Deus em nós, por meio de seu Espírito consolador e educador. Não é a experiência do homem que se acha vivido que traz conforto e sabedoria; mas sim a experiência da realidade de Deus no homem simples, humilde, pecador.

Assim, não podemos resolver tudo como desejamos, pois dependemos de sua determinação. E isto não deveria nos frustrar; pois, o que fazemos, o fazemos da melhor forma possível pelo Senhor, e para o Senhor, como manifestação de nossa adoração.

Os limites de todo servo exaltam o poder do Senhor. E, lidar equilibradamente com esses limites, na dependência do Espírito, sem a pretensão de ser Deus edifica tanto a vida do servo como a dos que convivem com ele.

Simplesmente, adore ao Senhor!