Mês: abril 2012

Empatia

Nosso senso de amor é baseado em troca – amamos a quem nos atrai, por ter algo que nos é beneficente. A concentração da ausência de amor, e de sua demonstração no casamento é iniciada no namoro; quando o que motiva a entrega, e aos mimos, é o objetivo de atender aos próprios objetivos e anseios.

É o engano da própria intenção; construindo todo um relacionamento em cima deste engano de sentimentos e ações. O resultado, quando não convertido, é o desmascarar da ausência de amor no relacionamento conjugal. Não é algo novo; não é a morte do amor durante os anos; é a comprovação do amor egoísta, revelado por meio do aniquilamento das máscaras, dos disfarces.

Exatamente o oposto do amor de Deus pelos Seus. Deus olha para o homem e não enxerga absolutamente nada a ganhar. Nenhum benefício. Nenhum acréscimo. Nada que o atraia. Ao contrário, enxerga dificuldades – rebeldia; falta de reconhecimento; infidelidade; problemas e mais problemas que empurram o indivíduo para distante de Seu plano, e do perfil desejado; enfim, o afastam da intimidade almejada. Pois bem, Deus não enxerga nada de bom, e ainda assim decide amar. Ele tem empatia – “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, pela graça sois salvos” (Ef. 2.4-5).

Pois bem, quando este Deus, repleto de empatia, nos salva; ele converte nosso coração egoísta, transformando à sua semelhança. Como afirma o apóstolo Paulo: “Não mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gl. 2.20). Por isso, a totalidade de sua exortação nos move ao seguinte entendimento: (1) Deve haver mudança total em nosso viver; isto é conversão. (2) Esta mudança é presente e constante. (3) E é resumida em matar o “eu”, para que Deus prevaleça em “nós”. Somos movidos a pensar, a sentir, e a agir como Deus; somos movidos à empatia.

Clique no link e faça o download da mensagem sobre este tema: A PERCEPÇÃO DE DEUS EM NÓS

Ganhando mais

Nem todo ditado popular deve ser considerado como um axioma, como uma máxima da realidade. Há ditados como “a voz do povo é a voz de Deus” que nem sempre expressam a verdade; ou quase sempre não a expressam. Mas, há ditados que revelam verdades que surgiram por meio da prática, da repetição em massa, da observação por parte de todos; independentemente do lugar, do período, da forma e da pessoa. É claro que há exceções, afinal lidamos com o ser humano – cheio de altos e baixos, inconstante em seu caminho, e que vive descobrindo que pode estar errado em determinadas convicções. No entanto, em geral, tais ditados expressam a realidade.

Uma destas máximas populares é a de que ganha mais quem se esforça mais. Evidentemente deve-se considerar o tipo de esforço; pois, há esforço inútil; esforço tolo; logo, esforço desnecessário. Mas, a ideia refletida é a de que o indivíduo que se entrega, normalmente é recompensado. As Escrituras apresentam princípios e exortações que apontam para o mesmo caminho, como o exemplo da formiga para o preguiçoso, exortando ao empenho (Provérbios 6.6-11). Como a palavra de Cristo de que quem procura acha; quem pede recebe; a quem bate se abre (Mateus 7.7-8).

Considerando esta máxima busco despertá-lo a ser um ajudador no ministério de sua igreja; o que naturalmente redundará em bênçãos para você e os seus. Todos querem muito; às vezes nem sabem o que, mas querem. Porém, não se ajudam ao não ajudarem aos que ministram em seu favor; o que indica um dificultar ao invés de facilitar. Vou exemplificar: Você tem algum problema, e precisa de ajuda. Então, gostaria de ter o apoio do ministério pastoral, ou diaconal, e…, não acontece como gostaria. Por quê? Por que a ajuda existe para outros de maneira tão espontânea e para mim, não? Pode ser que parte da razão seja encontrada na apatia de sua consideração. Provavelmente, os que recebem apoio, buscam, comunicam; provavelmente se dão, isto é, facilitam; quem sabe até tornam o ministrar em seu favor algo agradável, mesmo que extremamente difícil.

Quando Cristo afirmou “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á”, aplicava também àqueles que ministravam em seu favor; pois é uma das maneiras (talvez a mais constante) de Deus agir em favor dos seus.

É evidente que não importa o humor, e o nível de intimidade para o apoio. Com ou seu bom humor, com ou sem intimidade, o auxilio ministerial deve existir, e bem executado (talvez, a maior prova disto seja o fato de que os que ministram deixam de lado os mais íntimos em favor dos menos íntimos); mas, convenhamos que quando o que necessita de auxilio volta-se para o que o auxiliará, procurando, informando, abrindo o coração, isto, em muito, facilita.

Assim, ganhe mais se dando mais. Facilite aqueles que ministram por você; pois isto certamente redundará em bênçãos para você e os seus.

Do jeito de Deus

“Esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3.13-14).

Unhas afiadas cravadas na carne; sangramento, objetivando a morte da ideia; ou da vontade; ou do projeto; ou, quem sabe, da pessoa.

Olhar inescrupuloso, mensageiro do desejo de matar, que revela uma alma inundada em rancor. Ouvido oco, vazio de boa intenção, decididamente não inclinado a ouvir a realidade; mas, sim, sedento pela impulsiva pecaminosidade, cujo combustível é a dissolução do que vale a pena. Boca ferina, penetrante na arte da crueldade; sempre esquecida das virtudes do próximo, ou, pelo menos, do dever de perdoar; porém, pronta para assassinar. O que é pior – mentiras ou verdades mal contadas? A mentira crua ou maquiada; ou o que deveria ser a verdade, distorcida pela interpretação mal intencionada, causam feridas, dignas daquele que é considerado o pai da mentira, a saber, o diabo (João 8.44).

Enorme lembrança e meditar naquilo que fomenta o ódio; e pequena, ou nenhuma, inclinação para Cristo. Como é triste quando isto é observado naquele(a) que deveria ser testemunha de santificação; isto é, de mudança da velha e carnal criatura para o novo e espiritual filho. O apóstolo Paulo afirmara: “quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Efésios 4.22-24). A corrupção é revelada por meio do engano; deste que é a marca da influência do pecado, conduzindo a pessoa a crer que está sempre com razão; mesmo agindo ou reagindo absurdamente contrário ao que Cristo espera dos seus. É a força da confusão na mente, que faz prevalecer o animal, o ignorante, o estúpido; com um discurso de verdade e de santidade. Por isso, o apóstolo realça a renovação no espírito do nosso entendimento.

Vidas sendo massacradas, ao invés de perdoadas. Famílias sendo dissolvidas, ao invés de estimuladas ao amor de uns aos outros. Igrejas sendo aterrorizadas pelo ódio da individualidade, ou do agrupamento indevido, ao invés de aperfeiçoadas no temor do Senhor. Como acreditar que em meio à tamanha nudez do pecado, o Santo se agrada? Diante deste terrível quadro, o envolvido necessita se lembrar de sua verdadeira guerra – “Se viverdes segundo a carne; caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente vivereis” (Romanos 8.13). Se, age pecaminosamente está distante da vontade do Senhor, não importando o quanto acha que está certo. É preciso matar, dia após dia, a influência do pecado sobre si. E isto é possível pelo poder e ação do Espírito de Deus.

Por que continuar?

Por que continuar a pecar, e a produzir aquilo que agrada ao inimigo, mas desagrada a Deus? Por que ser responsabilizado por destruir vidas, ou atrapalhar igrejas? Por que fazer prevalecer o eu, se sabe que o resultado será maldito ao invés de bendito no Senhor? Deixe o pecado.

Agora, por que continuar, aprendendo a ser discípulo de Cristo? Porque como afirma o apóstolo no texto citado abaixo do título, somos vocacionados por Deus para viver à semelhança de Cristo. Somos vocacionados a ignorar as agressões, os abusos, as feridas causadas; matando o nosso orgulho; a fim de aprender a humildade (submissão) em Cristo. Quando movidos por nosso orgulho, todos os contrários viram inimigos de morte; mas, quando movidos pela humildade em Cristo, todos os contrários viram instrumentos do Senhor para o nosso aperfeiçoamento, e alvos direto de nossa compaixão (Efésios 4.1-3).

Quero continuar a amar o Senhor e ao próximo, como discípulo de Cristo. Quero continuar a mortificar a influência do pecado sobre meus pensamentos, palavras, e ações. Quero continuar do jeito que Deus planejou para os Seus; e você? Abandone o pecado.