Mês: agosto 2011

Do que nossas crianças precisam?

Do que nossas crianças precisam?

Crianças personificam a alegria. São espertas, atentas, dispostas; e, quando despertadas, são meigas, carinhosas e dengosas. Mas, também são ingênuas, dependentes, carentes e cheias de vontades. Não é difícil encontrar uma criança fazendo pirraça, batendo o pé, aumentando o bico, só para ter aquilo que deseja; ou para não fazer aquilo que não quer.

Queremos que elas sejam felizes e bem sucedidas. Mas, do que elas precisam para isso acontecer? Levaria um dia inteiro respondendo, com detalhes, a essa pergunta. Porém, quero compartilhar, objetivamente, uma resposta que carece de nossa atenção, pois somos parte decisiva dela.

 Tenho lido, ouvido e vivenciado a realidade de nossos dias, com famílias destroçadas; irmãos divididos; pais separados; filhos desmiolados e completamente sem futuro. E, então, percebo que a carência de nossas crianças é a da imagem viva e forte de pais que verdadeiramente se amam.

Não há nada mais sustentador para os filhos do que pais que vivem em harmonia; onde o respeito, o cuidado, o carinho e a prioridade à família são visíveis. Por outro lado, não há nada mais desagregador do que o inverso; onde o desrespeito, a grosseria e a indiferença são patentes.

Nossas crianças não dependem de presentes; mas, sim de amor. Do amor visível no relacionamento de seus pais. Em Provérbios 4.1-3, temos o retrato de um uma família feliz – o filho na companhia de seu pai, e no aconchego de sua mãe. O que nossas crianças precisam por toda a vida é da união estável de seus pais; o discurso único; a presença marcante daqueles que são as pessoas mais importantes na formação de seu caráter; e na formação de um modelo de como elas deverão viver quando tiverem sua própria família.

Essa estabilidade conjugal tem seu valor aumentado; pois o Senhor, em sua misericórdia, a usa para servir de referencial para as crianças que não possuem tal modelo em seu lar (infelizmente, incluindo lares cristãos). Perceba a graça de Deus e o privilégio de participar dela, ao poder abençoar crianças de fora de sua casa; mostrando o tipo de homem (esposo e pai), ou mulher (esposa e mãe), que eles almejarão ser.

Assim, pai, ame sua esposa; e você, mãe, ame seu esposo. Não há melhor presente para seu filho do que este.

Que o Senhor nos abençoe com uma união estável; para abençoarmos nossos filhos com a mesma estabilidade.

Processos comuns a toda e qualquer pessoa

“Eu terei domínio próprio; isto é, serei manso”. “Eu quero ter compaixão”. “Senhor, dá-me paciência”. São afirmações de muitos (ou, de todos), na busca do aperfeiçoamento em Cristo; que não somente O agradaria, assim como promoveria mudanças profundas e definitivas nos relacionamentos; melhorando o viver. São sentimentos, desejos, expressões que revelam sinceridade, e busca angustiosa por mudança.

No entanto, tal busca tende a se refletir em muito esforço com pouco, ou nenhum, resultado positivo; devido ao descuido para com o processo que o Senhor revela por meio de Sua Palavra. Há um conjunto de ações que redundam nesse resultado almejado. Não há como alcançar a paciência sem ter alcançado outros aspectos, por exemplo. Por isso, o Senhor insiste, positivamente, com a exortação para que busquemos a humildade. Assim, como insiste para que abandonemos o orgulho, expressado pela soberba, pelo egoísmo, e outros aspectos de um viver voltado para a própria pessoa.

Paulo, em sua carta aos efésios, destaca os dois processos comuns a todo e qualquer ser humano. De um lado, o processo que é resultado na natureza pecaminosa; logo, algo que funciona sem esforço por parte da pessoa. Este processo retrata aquilo que devemos fugir; isto é, nos despojar: “Digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza” (Efésios 4.17-19).

Orgulho

Ignorância

Impaciência

Desamor

Dissolução

De outro lado, o processo que deve ser buscado. Algo não comum a natureza humana; mas, possível aos que possuem o Espírito do Senhor: “Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Efésios 4.2-3).

Humildade

Mansidão

Paciência

Compaixão

Unidade

Perceba o processo: Como resultado do orgulho que prioriza o ego, a pessoa tende a reagir com ignorância; revelando toda ira, movido por uma interpretação inadequada devido ao coração soberbo e egoísta. Esta ignorância produz a impaciência. A impaciência o desamor, impossibilitando a compaixão, marca do cristão. O resultado é a dissolução.

Por outro lado, o processo a que somos exortados a assumir: Como resultado da humildade que prioriza o Senhor e o próximo, a pessoa tende a reagir com mansidão; dominando seus impulsos e sentimentos. Esta mansidão produz a paciência. A paciência a compaixão. O resultado é a unidade em paz.

Assim, para agir erroneamente você não precisa se esforçar. Basta deixar prevalecer o orgulho que há em você; gerado por sua natureza pecaminosa. No entanto, para agir como Cristo, trilhando pelo aperfeiçoamento, basta você se preocupar em ser humilde (dependente e adorador do Senhor), pois o restante virá como consequência.

Em que processo você está?