Mês: dezembro 2009

Temos natal

Amor?

Não haveria amor

Sem a graça de Deus

Nenhum amor aos Seus

Salvação…

O que seria “salvação”?

Sem a cruz de Cristo

Nenhum caminho é previsto

O que seria da esperança

Se Cristo não viesse como criança?

Mas, de Deus temos “natal”!

Que dá à vida nova cor

Selando à morte um fim fatal

Eternizando o amor

Wagner Amaral

Disfarce

Pinheiros

Presentes

Trenós?

Neve?

Um “bom velhinho”

Um grande pé de meia

Um “precioso” vinho

Que enrosca todos numa grande teia

Tempo de falso muxoxo

De disfarce … de sorriso frouxo

Natal é época de se esconder

Atrás de belo traje

Ou de disfarçar o ser

Ignorando a Majestade.

Wagner Amaral

Não deixe de ter fome

Sem perceber cada ser humano é empurrado a uma vida de rotina cultural, social, profissional, moral e espiritual.   Nascemos em meio a uma rotina já existente; crescemos engolindo uma formação goela abaixo, prevalecendo a visão (rotina) dos responsáveis por nossa rotina; e, paulatinamente, nos adaptamos ao ritmo daqueles que já estão na estrada rotineira da vida.   Inclua nesta estrada a rotina de ciclicamente mudar alguns costumes, retornando ao anterior, tempos depois, e voltando, retornando, …   Antigamente, principalmente em algumas culturas, filho de peixe peixinho se tornava, isto é, o filho seguia a rotina do pai.  Se, o pai era professor, o filho professor seria; e isto porque seu avô também já o fora.    Hoje em dia, a rotina é o filho seguir por outro caminho a fim de ser mais bem sucedido que seu pai, que já fora melhor que seu avô.   Rotinas que permanecem e rotinas que vem e que vão por pertencerem à rotina da mudança.

Existem muitas coisas estranhas, que simplesmente aceitamos (vivemos) sem darmos conta de sua origem, valia, ou  funcionalidade.   Dentre estas coisas estão as rotina moral e espiritual.   Moralmente direciona-se a se viver como a maioria, aceitando o que ela aceita, e repetindo seu jeito de ser, mesmo que suas decisões sejam eticamente questionáveis.   Em alguns países, como no Brasil, a ética lógica é a indesejada, a chata, a do contra; já a aceitável e querida é a moral do jeitinho que acerta as diferenças, mesmo que estas sejam absurdamente incoerentes.   No discurso prevalece a ética, já na prática a estética com a cara e o gosto do grupo em que se vive.   Escuta-se o correto com ouvidos surdos e pratica-se o jeitinho com olhos cegos e mãos bobas.

Espiritualmente aprende-se a ser religioso.   Em muitos casos, religião é negócio de família.   No caso do cristianismo é só escolher entre o ser católico, evangélico ou praticante de alguma seita, e entrar na rotina.   Seguir os mandamentos divinos normalmente experimentados através das regras humanas, criando os costumes de cada igreja.

Você que lê este texto, provavelmente seja “evangélico”; talvez “batista”, ou “presbiteriano”, ou “assembleiano”, ou portador de outro nome denominacional.   Dependendo de sua rotina, teve formação tradicional, valorizando certos pontos e tendo alergia religiosa a outros.   Caso contrário, a formação “liberal” é a que prevalece seguindo a mesma rotina de valorizar certos pontos em detrimento de outros.

Em meio a tudo isto está a pior das rotinas:  valorizar a morte.   Isto se faz quando se prioriza a religião e se ignora a espiritualidade; quando se troca Deus pela igreja; quando se troca a santidade pelo legalismo; a Revelação pela denominação; quando ao invés de cultuar ao Senhor, em espírito e em verdade, o “crente” segue a rotina da solenidade politicamente correta.   A rotina de ser crente cega, tirando a visão espiritual, assim como tira a fome da presença de Deus, levando ao contentamento através dos móveis, do prédio, da administração, do viver comunitário, enfim, imagens, ídolos evangélicos.   Esta rotina maldita acaba com a esperança, com o sonho de justiça, de paz, de amor imerecido.   É esta rotina religiosa que apaga a chama por missões, tornando o coração frio, insensível ao chamado a fazer discípulos como demonstração de nossa gratidão pelo amor do Mestre, e ao entendimento de que o Senhor quer adoradores “em espírito e em verdade”, e não religiosos.

Não deixe de ter fome de Deus, não deixe de sonhar por uma vida espiritualmente melhor, não seja escravo da rotina, mas sim do Deus sempre maravilhoso e surpreendente.

Adoração musical

Criar ambiente e fixar conteúdo.   Independentemente das diversificadas opiniões, estes objetivos têm prevalecido na história da música, especialmente a partir do ano 1500; deixando para trás a “música gótica”, em que compor e interpretar era tarefa de todo músico, através de improvisações.   Desde que a tarefa de compor e de interpretar se tornou distinta, os objetivos de criar ambiente e fixar conteúdo passaram a conviver ora em acirrada disputa ora em harmoniosa e bela parceria; evidentemente tal instabilidade se deu mais pela interpretação e definição de cada músico do que pelas possibilidades da própria arte musical.

Quando transportamos estes objetivos para a música na igreja, pensando, exclusivamente, em adoração; devemos considerar que tipo de ambiente é desejável?   Uma resposta rápida e concisa seria:  Ambiente de adoração. Este, seria, provavelmente, melhor compreendido como:

1.  Ambiente de louvor e de gratidão que nos leve a pensar em Deus.

2.  Ambiente de alegria que nos ligue a Ele.

3.  Ambiente de reflexão que nos ligue a Sua Palavra.

4.  Ambiente de dedicação que leve ou ao arrependimento, ou ao desejo de servir.

5.  Ambiente de amor que produza comunhão entre os que são do Senhor.

Diante deste quadro a sucessiva pergunta seria:   Que tipo de música cria estes ambientes?   Novamente, uma resposta simplória (normalmente dada) seria:   Música que traduza adoração.   Porém, a pergunta persiste:  que tipo de música cria os ambientes desejados para a adoração?

Quanto à letra? Uma breve resposta seria a de que seu conteúdo deve concordar com a Revelação de Deus (Salmo 19.7ss).   Uma letra que apresente, musicalmente, a perfeição que restaura a alma; que dá sabedoria; que alegra o coração; que conduza ao discernimento e a irrepreensibilidade.   Que seja agradável ao Senhor:  “As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!” (v.14).

Quanto à melodia? Que seja agradável, coerente, e significativa (Salmo 137.1-4).   [Melodia é uma sucessão dos sons musicais combinados.   É a voz principal, que dá sentido a uma composição musical.   Encontra apoio na harmonia, que é a execução de sons simultâneos dos demais instrumentos ou vozes quando se trata de música coral]   Os israelitas questionavam a possibilidade de melodiar as canções de adoração em ambiente conflitante:  “Como haveríamos de entoar o canto do Senhor em terra estranha?” (v.4). A melodia deve convergir o ambiente de adoração a seu conteúdo, traduzindo uma coerência significativa ao adorador e ao Adorado.

Quanto à harmonia? O óbvio!  Que seja harmônica, isto é, perceptível, ordeira, e bela (Salmo 19.1-6).   [Harmonia é o campo que estuda as relações de encadeamento dos sons simultâneos (acordes).   A harmonia é um conceito clássico que se relaciona às idéias de beleza, proporção e ordem]   A música na adoração deve traduzir e transmitir os atributos do Senhor, revelando Sua beleza, Seu controle e sensibilidade; à semelhança da descrição de Davi no Salmo 19, quando mostra que a criação proclama a glória de Deus, através destas características:  “por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo” (v.4).

Quanto ao ritmo? Que estimule os adoradores a uma reação que propicie o ambiente esperado (Salmo 150).   [Ritmo designa aquilo que flui, que se move, movimento regulado.   O ritmo está inserido em tudo na nossa vida.   Ritmo é o tempo que demora a repetir-se um qualquer fenômeno repetitivo, mas a palavra é normalmente usada para falar do ritmo quando associado à música, à dança, ou a parte da poesia, onde designa a variação (explícita ou implícita) da duração de sons com o tempo]   Observamos tipos de ambiente distintos na adoração, como ambiente de alegria ou de contrição.   Assim como na comunicação (inclusive na arte da homilia) usamos ritmos distintos no falar e no gesticular para expressar da melhor maneira possível a mensagem de Deus, atraindo a atenção do ouvinte, conduzindo-o a uma reflexão, aceitação e prática do exposto; assim, também, almejamos com o ritmo na música.

Enfim, música que traduza adoração.   Mantendo o foco no Adorado, mas, estimulando o adorador a uma adoração verdadeiramente espiritual:  “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as cousas.  A ele, pois, a glória eternamente.  Amém.” (Romanos 11.36).

Família

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