Está consumado!

O que estaria consumado na expressão de Jesus Cristo, imediatamente antes de sua morte? (João 19.30) O conjunto do que viera realizar? Efetivamente, o seu sacrifício? Mais extensivamente, o seu ministério? Ou, até mesmo, a aplicação de tudo naquilo que estava por vir?

Talvez, seja exatamente a última questão que o apóstolo Pedro se refira em sua afirmação aplicativa, quando diz: “Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados” (1Pedro 2.24). Olha para a sua pessoa e obra, especialmente na cruz, e aplica diretamente, considerando seu efeito certo na vida daqueles a quem viera salvar.

Neste sentido, a expressão “está consumado” pode ser associada a cada pessoa alcançada pela obra de Cristo. Ele fora completo em toda a sua realização; isto é, tudo o que fizera, consumado na cruz, salva e não simplesmente cria a possibilidade de salvação. Tudo o que era necessário foi feito e, nesse sentido, tudo estava consumado. E, como extensão dessa consumação, seu efeito certo na vida dos indivíduos representados por ele na cruz; faltando, apenas, sua aplicação na época da vida de cada indivíduo.

Quando fui conduzido a Cristo (o caminho, a verdade e a vida) pela ação do Espírito Santo, usando as circunstâncias, no momento de minha conversão, se consumou o que ele fizera na cruz à minha realidade presente. Tudo incluído – pensado, planejado, executado, confirmado e, agora, aplicado. Tão certo que minha própria condução para conversão acontecera por estar incluído em sua obra na cruz. É exatamente o que Pedro afirma: “Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados”. A vida em justiça, a cura, tudo se tornara certo, e infinito, como consequência do seu carregar de nossos pecados no madeiro.

Consegue entender o que é graça?

Culpado. Pecador. Desonestamente criatura. Justamente merecedor de condenação. Sem nada a oferecer que valesse à pena. Distância do Criador por causa do orgulho. Impuro e profano na alma e no corpo. Condenado em certezas tão incertas para a vida e tão certas para a perdição. E, em meio a tudo isso, sou impactado pela mensagem do evangelho – poder de Deus para salvar a mim e a todo tipo de homem. Tão surpreendido que a única ação é a de cair em terra, falido, convertido e grato; convicto de minha nova realidade em Cristo e infinitamente pronto para adorá-lo com o meu viver, tudo o que sou, tenho e faço; pois, afinal, nada é meu, tudo é dele, por ele e para ele.

Está consumado!

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